Lançado no 68º Festival de Cannes, O Pequeno Príncipe é uma animação francesa inspirada no livro homônimo de Saint-Exupéry e dirigida por Mark Osborne, com trilha sonora por Richard Harvey e Hans Zimmer (sim, ele mesmo, o gênio por trás de Lion King, Gladiator, Interstellar e muitas outras trilhas consagradas). O filme estreou aqui no Brasil no dia 20 de agosto e, surpreendentemente, nos cinemas teresinenses. Em seu idioma original.
Esse era meu maior temor. Fui
assistir ao filme anteontem, na única seção legendada que foi disponibilizada.
Quando vi algumas palavras em inglês, já estava perdendo as esperanças. Não me
levem a mal, amo a língua inglesa e sei que animação é dublada de um jeito ou
de outro. Porém, estando eu no segundo semestre do francês, queria muito poder
exercitar e adaptar minha audição ao francês. Felizmente, lá estava a garotinha
e sua mãe falando sobre como c’était important étudier à l’Academie Werth.
Garotinha? Sim, porque o filme
não é uma adaptação literal da história. Ele começa mostrando a vida de uma
menina e sua mãe, que instruía a filha a dar todos os seus esforços em prol de
conseguir uma vaga na Academie Werth, uma escola bastante renomada. Porém, na
entrevista com a escola, as coisas dão errado e elas tentam o plano B –
conseguir uma casa perto do colégio e manter um rigoroso projeto de vida, que
inclui estudos esgotantes, para fazer com que ela seja impreterivelmente aceita
na Academie Werth.
A mãe da menininha encontra uma
casa que cabe no orçamento dela, próxima a escola – supostamente ideal.
Entretanto, o vizinho é um doido varrido, com uma casa exótica e hábitos mais
esquisitos ainda.
A convivência inicialmente hostil
entre a menina e o senhor que é seu vizinho vai se atenuando quando a garota dá
atenção ao aviãozinho que ele havia mandado. Aviãozinho este com a história do
Pequeno Príncipe. E é aí que começa a narrativa da obra, que é retomada em
diversos momentos do filme. Feita em stop
motion, a animação com o conteúdo do livro é encantadora, daquelas de fazer
awwwwn o tempo todo.
Não vou contar muito mais, senão
acabo contando o filme todo! Entretanto, preciso ressaltar que a animação
conseguiu reacender a magia que o livro costumava exercer em mim. Eu tinha
perdido o gosto pela história, achando um pouco água com açúcar. Ou melhor, eu
tinha esquecido. Mas a carga de ingenuidade presente na obra é que a torna tão
singela e encantadora, não importa a idade do leitor. E o filme consegue
transmitir essa atmosfera.
É bem verdade que, parando para analisar de forma mais crítica, há alguns pontos um tanto perdidos e que poderiam ser melhor trabalhados. Todavia, é algo menor diante da emoção que o longa nos proporciona. Ainda que com uma abordagem diferente daqueles que esperavam uma adaptação ao pé da letra, ele não deixa de reforçar a mensagem do quão importante é a imaginação, e nos lembra de algo essencial – de que não podemos esquecer.
Que amorzinho de filme! <3 Eu não li o livro (e essa talvez esteja entre as maiores vergonhas da minha vida, mas seguimos lutando), então não sei até que ponto a adaptação foi fiel, só sei que amei muito. E me surpreendi bastante ao me deparar com um filme francês em seu áudio original em Teresina!! Parece que aos poucos estamos evoluindo, hein? Vi o filme na segunda e também contei um pouquinho da minha experiência, daqui uns dias eu libero o post hahaha
ResponderExcluirSucesso com o blog, Valéria :)
Beijo
www.blogrefugio.com
Não acredito que tu não leu o livro ainda, Cecília! Tu vai amar, é um livro muito cândido <3 E estou esperando pelo post no teu blog. Eu dei uma olhada nele, só que não tive tempo de comentar. Ele é incrível, muito bem escrito. Ainda tou sem acreditar que tu foi pra uma setlock!
ExcluirBeijos